023 Indústrias dos principais Estados produtores de biodiesel se aliam para ganhar força política e representatividade junto ao poder público local

Alice Duarte, de Curitiba

O rápido aumento do número de usinas de biodiesel pelo país e a consolidação desta nova categoria econômica criou a necessidade de organizar a atividade. Afinal, um setor que fatura mais de R$ 1 bilhão por trimestre, gera milhares de empregos e engorda a arrecadação dos Estados e da União tem fortes argumentos para reivindicar políticas de incentivo. Os produtores e demais empresas ligadas à cadeia do biodiesel estavam sendo representados nacionalmente pela União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio). Mas a entidade passa por um momento turbulento e recentemente se dividiu com a saída de muitos associados (veja mais sobre essa crise na página 20), mas independentemente disso, os produtores de biodiesel têm sentido a necessidade de uma representação mais focada nas questões regionais, como política tributária estadual, logística, infraestrutura, produção de matéria- prima, além de custos fixos, como mão de obra e energia, que são diferentes de um Estado para outro.

Diferente de uma associação que representa o setor em nível nacional, como a Ubrabio, um sindicato regional atua dentro de certos limites geográficos. Sua principal função é celebrar contratos coletivos de trabalho, promover a conciliação nos dissídios e dar assistência jurídica às associadas representando-as junto aos poderes públicos e às demais associações locais.

Hoje a indústria conta com três sindicatos regionais. Naturalmente, as entidades sindicais com mais representatividade estão nos principais Estados produtores do biocombustível: Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Em outros Estados, a organização ou adesão dos produtores tem sido tímida. Por outro lado, há demonstrações de que os produtores de outras regiões, como Goiás, por exemplo, estão de olho nessa tendência.

Veja mais